Advogado tenta matar empresário com 6 tiros em prédio na Ponta Verde
Uma briga antiga entre vizinhos de prédio, na Ponta Verde, acabou em tiros. O empresário Antonio José Acioly Maciel, 65 anos, ex-dono da franquia McDonald's em Maceió, foi alvejado por seis tiros disparados por seu vizinho de condomínio, o advogado Anthony Silva Sampaio de Melo, de 33 (conhecido como Toninho), ao meio-dia deste domingo.
Os dois moram no Edifício Kanandu, um condomínio de classe média alta na orla da Pajuçara-Ponta Verde, quase em frente aos Sete Coqueiros e ao lado do Pavilhão do Artesanato. Anthony Sampaio mora no apartamento 801 e Antonio Acioly Maciel no 301. Segundo as familiares do agredido e do agressor, os dois viviam se estranhando e tinham constantes discussões por causa de questões como vaga na garagem e outros problemas de condomínio.
No elevador
Ao meio-dia deste domingo, os dois se encontraram na garagem do prédio. Na porta do elevador que dá para a garagem, discutiram novamente. Mas desta vez Toninho estava armado. Ele puxou a pistola e disparou doze vezes. Seis tiros atingiram a vítima: três no abdômen, dois na coxa e um na perna. Antonio Acioly Maciel foi levado para o hospital da Unimed, no Farol. Segundo a equipe do Samu que o transportou, ele estava lúcido enquanto era removido até o hospital. Mas seu estado era considerado grave. Ele foi imediatamente submetido a cirurgias.
O autor dos disparos, depois de consumado o crime, fugiu num automóvel Celta de cor prata. Sua família não informou a placa do veículo. A polícia foi em seu encalço.
No local onde Acioly Maciel recebeu os tiros, policiais da Radiopatrulha contaram 12 cápsulas de balas de pistola calibre PT 380, arma usada pelo acusado. Havia muito sangue no local.
"Não sabia", diz mãe do acusado
No apartamento 801, onde o Tudo na Hora esteve logo após o crime, familiares do acusado Anthony Sampaio de Melo se diziam surpresos e sem saber explicar o ato violento do advogado. Um dos parentes confirmou que Toninho e o vizinho empresário sempre tiveram rusgas por causa de questões do condomínio.
A mãe do acusado, Gasparina Sampaio de Melo, muito abalada, parecia não acreditar que o filho fosse capaz de atirar em alguém para matar: "Eu nunca soube que ele tinha arma", dizia ela. Gasparina disse que tudo que sabe é que a família estava se preparando para ir almoçar num restaurante, para comemorar o Dia dasMães, quando ouviu o barulho dos disparos e soube que seu filho Anthony havia atirado no vizinho do apartamento 301.
Os familiares do agressor garantiam não saber para onde Toninho havia fugido. Disseram apenas que ele havia desligado seu telefone celular.
"Desequilibrado"
Já os familiares de Antonio Acioly Maciel – que atualmente possui, entre seus negócios, uma grande concessionária de motonetas – estavam revoltados com o agressor, por atirar numa pessoa desarmada e indefesa – o que qualificaram como "covardia". Ansiosos e chorando muito, homens e mulheres da família do empresário tentavam, ainda na porta do prédio, entender o que havia acontecido. Enquanto o médico e os paramédicos do Samu iniciavam os procedimentos de primeiros socorros, ainda dentro da ambulância, os parentes queriam saber quantos tiros o haviam atingido e buscavam explicações para o ato do vizinho.
No hospital, tenso e inconformado, Gustavo Acioly, filho do empresário, confirmou que o pai era alvo da "raiva" do advogado. "Meu pai evitava cruzar com ele. Esse rapaz vivia soltando piadinhas para o meu pai. E agora faz uma coisa dessas. Ele parece desequilibrado. Esperamos que a polícia o pegue".
Às 20h30, o Hospital Unimed informou ao Tudo na Hora que Antonio Acioly Maciel já havia passado por cirurgias e havia sido transferido para a UTI, mas só os familiares podem falar sobre o estado de saúde do paciente.
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