Transporte

Empresas acionam Justiça por aumento de tarifa de ônibus



A presidente da Transpal, Ana Lúcia Martins da Costa, concedeu entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira (23), onde afirmou que o órgão recorreu ao Tribunal de Justiça (TJ) para conseguir elevar o valor da passagem de ônibus urbano de Maceió para R$ 2,49. A ação é contra a decisão do prefeito Cícero Almeida de somente aumentar o preço da tarifa para o usuário depois da conclusão da licitação para o transporte público municipal.

O recurso foi impetrado, nesta terça-feira (22), no TJ pelo advogado da Transpal, Nelson Moura, que também participou da entrevista coletiva. "Pedimos que os desembargadores autorizem a implantação imediata do reajuste, já que o juiz de primeiro grau não acatou o pedido de liminar. É preciso destacar que uma lei federal determina o reajuste anual das tarifas e o último ocorrido em Maceió foi em julho de 2010", explicou o assessor jurídico.

Ana Lúcia fez questão de ressaltar que a situação é de urgência e afirma que se não houver a implantação imediata da tarifa de R$ 2,49 o sistema de transporte vai virar um caos. "Os empresários não terão como cumprir o acordo coletivo e implantar os reajustes salariais e o pagamento do plano de saúde. Não terão como pagar fornecedores. Logo, o sistema vai terminar parando", afirmou a presidente da Transpal.

Segundo ela, os empresários não estão pedindo reajuste, mas apenas a atualização das tarifas. Ana Lúcia também contestou a reclamação dos usuários de que a frota de Maceió esteja velha. "Temos 589 ônibus em operação e 200 deles foram adquiridos em 2011. A média da frota é de 6 anos, sendo uma das melhores do Nordeste. Mas sem atualização não há como manter esse padrão com a compra de novos veículos", frisou.

A presidente da Transpal também disse que não há como manter a passagem no valor atual de R$ 2,10 com tantos passageiros andando de graça. "Em outras capitais, o valor pode ser até mais baixo, como Fortaleza (CE) onde é R$ 2, mas nestas cidades o poder público municipal ou estadual repassam para as empresas os valores referentes às gratuidades, o que não ocorre em Maceió. Termina sendo custeado pelo passageiro que paga a passagem", explicou.

Por mês, detalha Ana Lúcia, são transportados cerca de 6 mil passageiros na capital alagoana, 18% são estudantes, que pagam metade da tarifa, 3% portadores de necessidades especiais e 3% portadores de outras patologias, que têm o benefício da gratuidade. "Calculamos ainda que pelo menos 7% dos passageiros descem de forma irregular sem pagar. É uma perda muito grande para o empresário", defende a presidente da Transpal.


Fonte: Tudonahora.com.br


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