Caso Fabio Acioli

Advogado de Márcio Raposo diz que empresário não conhecia Fábio Acioli



Após receber a notícia de que o empresário Márcio Raposo e sua esposa, Teresa Raposo, serão intimados para ser ouvidos em nova audiência do caso Fábio Acioli, o irmão do empresário e advogado da família, Marcos Raposo, disse ao Tudo na Hora, na tarde desta quarta-feira (11) que a citação do casal no processo é um “absurdo”.  O juiz Maurício Brêda, substituto da 9ª Vara Criminal da Capital, agendou para o próximo dia 26 de abril a audiência onde serão ouvidos como declarantes, além dos Raposo, os também empresários Márcio Nutels e Vânia Nutels, e como testemunha o garçom Marcos Aurélio Fernandes Souza, conforme noticiou em primeira mão o blog de Ricardo Mota.

De todos os intimados para depor como declarantes, só o casal Raposo, através de seu advogado, se dispôs a falar ao Tudo na Hora. Os demais não têm dado entrevistas à imprensa.

Marcos Aurélio foi a última pessoa conhecida a ver Fábio Acioli com vida, no "Beto's Bar", em Cruz das Almas, onde trabalhava. Hoje o garçom vive com outra identidade, em outro estado, porque foi incluído no Programa de Proteção a Testemunhas (Provita).

Marcos Raposo, que falou com o TNH em nome do irmão Márcio e da cunhada Teresa, afirmou que o irmão e a cunhada "nem sequer conheciam" o estudante Fábio Acioli, 21 anos, raptado e queimado vivo em agosto de 2009. Tampouco conheciam, assegura Raposo, o garçom Marcos Aurélio, principal testemunha de acusação, que teria citado nomes de empresários como supostos envolvidos no crime.


Crime teria motivação sexual


De acordo com informações que vazaram no início das apurações, o assassinato de Fábio Acioli teria componentes sexuais como motivação. A polícia e a Justiça não confirmam nem desmentem. Os dois processos sobre o crime correm em segredo de Justiça, ambos na 9ª Vara Criminal de Maceió.

“Não sabemos de onde isso surgiu", disse o irmão e advogado de Márcio Raposo. "A própria testemunha [o garçom] negou, em juízo, o que havia dito à polícia e disse ter sido forçado por uma delegada a citar esses nomes”, disse Marcos. "Estamos à disposição da polícia e da Justiça".

A audiência do dia 26 faz parte do processo que apura a participação do servidor municipal Rafael França no crime. O advogado da família Raposo afirma que a família só conheceu Rafael durante os procedimentos processuais.


Acusados de autoria material vão a júri popular


O Juiz Maurício Breda pronunciou, nesta quarta-feira (11), Carlos Eduardo Souza e Wanderley do Nascimento Ferreira como autores materiais da morte de Fábio Acioli. Os dois réus irão a júri popular, que ainda não tem data marcada pela Justiça, como noticiou o blog de Ricardo Mota nesta quarta-feira (11).

Wanderley do Nascimento Ferreira, que havia fugido do sistema prisional alagoano em novembro do ano passado, foi recapturado na última segunda-feira (9), em São Paulo. A polícia alagoana articula com a corporação paulista a transferência do preso de volta para Maceió.


Dinheiro


Outro detalhe fundamental do processo foi revelado no blog de Ricardo Mota, nesta quarta-feira (11), no Tudo na Hora. Carlos Eduardo Souza e Wanderley do Nascimento Ferreira teriam recebido uma certa quantia em dinheiro algumas horas antes do crime, conforme depoimento da principal testemunha, o garçom Marco Aurélio.


O caso Acioli


O universitário Fábio Acioli de Souza Costa, de 21 anos, foi assassinado após ter sido raptado em uma banca de revistas no bairro de Cruz das Almas, na noite de 12 de agosto de 2009. Investigações apuraram que Cícero Rafael, que seria garoto de programa, teria sido utilizado pelos matadores para atrair Fábio até o bairro – o jovem foi levado em seu próprio carro, um Peugeot prata, placa MUH-6407/AL.

De Cruz das Almas, Fávio foi levado para um canavial no Benedito Bentes, onde foi espancado e atearam fogo em seu corpo, dentro do carro. Ele chegou a ser socorrido e ainda sobreviveu durante 14 dias. Morreu em um hospital no Recife.

Além de Wanderley Nascimento Ferreira, o outro acusado de autoria material, Carlos Eduardo Souza, também foi preso em 2009.

Até hoje não se sabe quem foi o mandante do crime. Houve várias versões, nenhuma comprovada. A família  da vítima evita falar sobre o assunto.

Fonte: tudonahora.com.br

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