Maceió

Assista entrevista que o motorista que atropelou gari deu à TV Pajuçara

 

Depois de passar 12 dias preso na Casa de Custódia e outros quatro no Cadeião, o autônomo João Paulo Barbosa, de 31 anos, acusado de ter atropelado o gari Pedro Bernardo da Silva Filho na noite de 26 de março, deixou a prisão da tarde da última sexta-feira (13), após pagamento de uma fiança de R$ 6.220,00, o equivalente a 10 salários mínimos.

Ele procurou a reportagem da TV Pajuçara e do Tudo na Hora para contar a sua versão do acidente, que terminou ferindo gravemente o gari, no momento em que ele coletava lixo na Avenida Dona Constança. Ele também deu entrevista, à jornalista Rachel Amorim neste domingo (15). Veja embaixo a matéria que foi ao ar no Jornal da Pajuçara Manhã, desta segunda-feira (16).

Apesar de afirmar ter consciência do erro que cometeu, por dirigir embriagado, João Paulo afirma que não foi único culpado no acidente que feriu gravemente o gari, na madrugada do último dia 26 de março. Segundo conta, ele só bateu no caminhão de coleta de lixo porque um outro veículo – segundo ele um Polo preto – bateu na traseira do seu carro. “Com esta batida, acabei batendo do caminhão de coleta de lixo. Não estou dizendo que não tive culpa. Mas não sou o único culpado”, afirma.

O acusado diz que vai pedir uma segunda perícia para comprovar que houve um terceiro carro envolvido no acidente. “Infelizmente, antes de a perícia e a polícia chegarem, o dono do carro saiu da cena. Mas tenho fotos que comprovam que ele estava lá, que o acidente foi provocado por outra pessoa e não por mim”, atesta.

“Destruí a minha vida”

A repercussão que o caso ganhou na mídia foi o preço que João Paulo não esperava pagar. Ele conta que desde o dia do acidente, sua família vem recebendo ameaças por telefone. “São pessoas anônimas, que ligam para a minha irmã, para o meu cunhado e dizem que vão me matar”, conta. “Sei que destruí a minha vida no dia 26 de março, no momento daquele acidente”, aceita.

Por causa das ameaças e do medo com que a família passou a conviver desde que João Paulo se envolveu no acidente, ele já pediu ao advogado que entrasse na Justiça com um pedido para a quebra do sigilo telefônico, para descobrirem quem está por trás das ameaças. “Eu tenho um sobrinho de 10 anos que está apavorado. Não é justo que todo mundo pague por um erro que foi só meu. Minha irmã está com medo de mandar o filho dela para a escola, porque tem receio que essas ameaças se cumpram”, disse.

Além da quebra do sigilo telefônico, João Paulo diz que vai tentar, através do seu advogado, a proteção policial por parte do Estado. “Alguém tem de me proteger, estou recebendo ameaças”, justificou.

Agora, o motorista acusado de ter provocado o acidente – que culminou na amputação da perna do gari Pedro Bernardo da Silva – promoteu procurar a família da vítima. “Eu quero ajudá-lo. Tenho consciência do quanto errei, que deixei um pai de família na cama, sem poder trabalhar. Agora quero corrigir, de alguma forma, o mal que provoquei”, afirmou.

O gari, de 26 anos, foi atropelado enquanto trabalhava no recolhimento de lixo na Avenida Dona Constança, no bairro da Jatiúca, na madrugada do último dia 26 de março.

Por causa da gravidade dos ferimentos, Pedro teve uma das pernas amputada durante cirurgia. Sua família não se conforma. "Os médicos não tiveram como salvar a perna dele. É revoltante saber que meu irmão vai ficar com uma deficiência por culpa de um motorista irresponsável", afirmou José Evaristo, irmão da vítima, na época do acidente.

João Paulo Barbosa, que conduzia o automóvel Corsa Classic, de cor cinza e placa MOI-7638, foi autuado em flagrante, na Central de Polícia de Maceió, pelo crime de lesão corporal culposa em acidente de trânsito.

Mobilização nas redes sociais

No Facebook, os internautas se solidarizam com a vítima de atropelamento compartilhando a campanha para ajudá-lo na compra de medicação e fraldas. A revolta com o autor do atropelamento é constante nos comentários na rede social.



Fonte: tudonahora

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