Desembargador quer julgar este ano promotor acusado de abuso



Está previsto para a tarde desta sexta-feira (26) o depoimento do promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, acusado de abusar sexualmente as próprias filhas. Carlos Fernando deverá ficar frente a frente com o juiz Helder Loureiro, da 4ª Vara Criminal da Capital, que pretende remeter o processo já instruído ao Tribunal de Justiça (TJ) nos próximos 15 dias, para que sejam feitas as alegações finais.

E uma coisa o promotor de Justiça pode aguardar após o depoimento: o julgamento pelo Pleno do TJ deve acontecer ainda em 2012, como informou ao TNH1 o juiz Helder Loureiro. A reportagem foi até o Fórum de Justiça do Barro Duro, onde dez testemunhas de defesa estão sendo ouvidas nesta sexta, e conversou rapidamente com o magistrado. 

Segundo ele, o pedido de celeridade foi feito pelo próprio relator do processo, desembargador Orlando Manso. "Ele pediu celeridade para que possa realizar o julgamento antes de se aposentar, o que está previsto para dezembro", explicou Helder Loureiro.

As audiências do caso estão sendo realizadas a portas fechadas, já que o processo contra Carlos Fernando tramita em segredo de Justiça. Na semana passada, o TNH apurou que a família do promotor está dividida: de um lado, as filhas que dizem ter sido vítimas dele e uma ex-mulher estão na acusação; do outro, tentando livrá-lo da condenação por crime hediondo e a consequente perda do cargo, estão um casal de filhos e a primeira esposa. 

Todos estão sendo ouvidos pela Justiça desde a semana passada.


Lembre o caso

O promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo é acusado pela ex-esposa, Elisabeth, de molestar sexualmente duas filhas e uma enteada – que na época do início dos abusos tinham idades entre 8 e 12 anos. 

Carlos Fernando foi denunciado em 2006 pela ex-esposa, que ouviu de uma das filhas a história dos abusos sexuais, e depois ficou sabendo que a prática se estendia a outra filha e uma enteada. Na época, ele era promotor em Anadia – suas atribuições incluíam a promotoria de defesa da criança e do adolescente – mas residia em Maceió. Os fatos teriam ocorrido entre os anos de 1993 e 2003 e de 2000 até 2006, quando uma das filhas já era adolescente.

Fonte: tudonahora.com.br

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