Protesto

Servidores querem 14% para encerrar greves no Estado


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Os servidores públicos estaduais mobilizados por reajuste salarial apresentam nesta quarta-feira (1º) nova proposta ao Governo, que espera até hoje a decisão sobre a oferta de 7%, parcelados, que seria o limite da contraproposta do Estado. Os sindicatos, no entanto, querem 14% para votar o encerramento da greve e suspender a mobilização, em assembleia marcada para a tarde de hoje na Praça Deodoro.

Reunidos ontem (31) com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os sindicatos decidiram que 14% contemplaria o universo das categorias estaduais com o mínimo de ganho real, mesmo as que defendem percentuais específicos. As negociações pontuais seriam mantidas ao longo do ano e os serviços seriam restabelecidos.

Um documento com sete pontos será encaminhado hoje ao Governo e o principal impasse, segundo informação do presidente da CUT, Isac Jackson, é justamente o percentual de reajuste. “Conversamos ontem com interlocutores do Governo e os outros seis pontos estão acordados. O impasse é justamente o percentual de reajuste. A proposta que a gente apresentou tem flexibilidade, que é a implantação de 7% em folha suplementar do mês de maio e os outros 7% parcelados até a próxima data-base”, afirmou.

Isac Jackson informou que a carta de intenções foi aprovada pelas entidades filiadas, com exceção do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), que vai levar a proposta para ser apreciada em assembleia hoje. “A negociação dos policiais civis inclui uma proposta de reestruturação da carreira, mas eles vão avaliar a carta hoje”, disse Isac.

A carta que será enviada ao Governo tem sete pontos. O primeiro, ainda não negociado com o Executivo, é a proposta do reajuste de 14%, que deverão ser implantados em duas parcelas – a 1ª em folha suplementa de maio e a segunda até o final do ano, conforme a programação financeira do Governo.

O segundo ponto apresentado, que teria sido negociado com o Governo, é o abono das faltas dos servidores em greve e a suspensão das sindicâncias e processos administrativos que envolvem dirigentes sindicais.

Os servidores também querem a reposição anual da inflação, conforme proposta inicial apresentada pelo Governo, a partir de maio de 2012, a ser fixada por projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa; a instalação de uma mesa permanente de negociação; apresentação de projeto de lei vetando a terceirização no serviço público e a abertura de concursos públicos para as áreas em que há carência de servidores e investimento público para a melhoria dos serviços públicos.

O presidente da CUT-AL informou que a negociação para chegar à proposta de 14% foi difícil , porque cada categoria tem uma negociação, mas defende o consenso para que os serviços sejam restabelecidos.

“Se o Governo aceitar nossa proposta, essa negociação será um marco no serviço público alagoano, que a partir de agora, passa a contar com política efetiva de reposição da inflação”, disse Isac.

Fonte: tudonahora.com.br

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