Greves atrasam serviços bancários e entrega de cartas em Alagoas

Depois da greve dos bancários, Alagoas amanheceu nesta quarta-feira (19) com outros serviços paralisados: aqueles realizados pelos Correios. A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), definida nesta terça-feira (18), prejudicou o atendimento de clientes nas agências da empresa federal. De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect-AL), mais de 80% dos carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo já aderiram a greve em todo estado.

O atendimento está sendo mantido de forma precária, por funcionários que ainda não aderiram a mobilização nacional, e ainda não é possível medir a dimensão dos prejuízos no estado. De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios, funcionários da área administrativa da empresa estão sendo deslocados para as agências para garantir os serviços básicos. A prioridade de atendimento é para as encomendas via Sedex (serviço de encomenda expressa de documentos e mercadorias), que possui prazo máximo para entrega e prevê indenização por atraso.

Segundo o secretário geral do Sintect-AL, Altamis Holanda, uma audiência de conciliação entre representantes do governo federal e dos funcionários grevistas deve ser realizada ainda nesta quarta, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Caso as negociações não avancem, a greve de ser mantida.

Os trabalhadores dos Correios em mais 17 estados e no Distrito Federal também estão em greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajustes salariais e reposição de perdas.

O comando de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2.500. Mas quatro sindicatos dissidentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da federação, pedem 5,2% de reposição, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100.

A empresa sustenta que o índice de reajuste de 5,2% oferecido aos trabalhadores garante o poder de compra e repõe a inflação do período, diz a ECT em seu blog institucional.


Sem negociações, bancários também seguem em greve

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Alagoas, as negociações com os banqueiros estão paradas e, por enquanto, não há perspectivas para o término da greve.

Segundo o sindicato, 92% das agências em Maceió já aderiram à greve e a tendência é que as cinco agências que continuam funcionando na capital fechem as portas ainda nesta terça-feira.

Os bancários exigem que a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apresente propostas que atendam às reivindicações dos bancários. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional de Greve, Carlos Cordeiro, disse que a expectativa é que a paralisação seja longa.

Fonte: tudonahora.com.br

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