Institutos de pesquisa admitem erros nas eleições municipais



Um dia após a realização das eleições, os institutos de pesquisa Datafolha e Ibope admitiram que erraram nas avaliações de quatro das 26 capitais brasileiras, feitas antes das eleições municipais realizadas no último domingo.

Segundos os institutos, os erros aconteceram nas pesquisas que apontavam a preferência do eleitorado diante dos candidatos a prefeito de Recife, Curitiba, Salvador e Manaus.

Em Recife, o erro foi do Datafolha que na véspera da votação apontou a realização de um segundo turno na capital Pernambucana, mas Geraldo Júlio (PSB) acabou vencendo no primeiro, com 51,15% dos votos válidos.

Já o Ibope fez três previsões erradas. Na primeira, previu um segundo turno em Curitiba, entre Ratinho Jr. (PSC) e o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB). Mas Ducci acabou cedendo lugar a Gustavo Fruet, do PDT, que aparecia sete pontos atrás na pesquisa. Em Salvador, o instituto previa Nelson Pelegrino (PT) chegando na frente de ACM Neto (DEM) que, no entanto, foi o principal vitorioso. Os dois resultados inclusive apareceram na pesquisa com menor risco de erro, a de boca de urna. Em Manaus, as avaliações davam empate técnico entre Artur Virgílio Neto (PSDB) e Vanessa Grazziotin (PC do B) — mas Virgílio chegou quase 20 pontos na frente da adversária.

A diretora do Ibope, Márcia Cavallari, justificou as falhas dizendo que as eleições municipais são muito mais passíveis de erro do que as estaduais e presidenciais, mas admitiu que está investigando o que houve nas capitais que tiveram pesquisas com erros. “O eleitor municipal é mais dinâmico e volátil, decide o voto na última hora e é mais indeciso. Não captamos a tendência, pode ter sido problemas de amostragem ou de metodologia na condução de entrevistas”, afirmou Cavallari. Já o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, admitiu que pode ter havido um erro nas amostras de eleitores pesquisados.

Os métodos de pesquisa utilizados pelos dois institutos são diferentes. Enquanto o Ibope entrevista as pessoas em casa, o Datafolha adota o método conhecido como fluxo de pessoas, abordando os eleitores nas ruas. Os profissionais são espalhados em postos de coleta por onde circulam perfis dos mais diferenciados. 


Fonte: com agências

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