Promotor acusado de molestar três filhas vai depor no dia 26 em Alagoas



Foi adiado para o dia 26, sexta-feira, o depoimento do promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, acusado pela ex-esposa, Elisabeth, de molestar sexualmente duas filhas e uma enteada – que na época do início dos abusos tinham idades entre 8 e 12 anos. Ele seria interrogado nesta quinta-feira (18), pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Maceió Hélder Loureiro, junto com testemunhas de acusação e defesa, mas o procurador de Justiça que deveria estar presente na audiência não havia sido intimado.

Carlos Fernando foi denunciado em 2006 pela ex-esposa, que ouviu de uma das filhas a história dos abusos sexuais, e depois ficou sabendo que a prática se estendia a outra filha e uma enteada. Na época, ele era promotor em Anadia – suas atribuições incluíam a promotoria de defesa da criança e do adolescente – mas residia em Maceió.  Os fatos teriam ocorrido entre os anos de 1993 e 2003 e de 2000 até 2006, quando uma das filhas já era adolescente. 

O processo administrativo foi aberto pelo Ministério Público Estadual em 2006. Carlos Fernando foi preso em 2008, e ficou mais de um ano na prisão, até que em agosto de 2009 o Tribunal de Justiça lhe concedeu habeas corpus para ele responder em liberdade.
No decorrer do tempo em que o processo se arrastou, Carlos Fernando perdeu o foro privilegiado por prerrogativa de função. No cargo de promotor, ele só poderia ser julgado pelo Tribunal de Justiça. Com a perda do privilégio, seu caso passou à responsabilidade da 4ª Vara Criminal da capital, cujo titular é o juiz Hélder Loureiro.

Em dezembro de 2011, o Tribunal de Justiça recebeu a Ação Civil Pública do procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, contra o promotor. Na ação, o procurador-geral pede a perda do cargo para o promotor. Ele é acusado de estuprar duas filhas e uma enteada, todas menores de idade, além de cometer atentado violento ao pudor. Os crimes foram cometidos durante 10 anos e foram cessados em 2006. Desde então, o promotor está afastado de suas funções. Todas as teses apresentadas pela defesa do réu foram derrubadas pelo relator no TJ, o desembargador Pedro Augusto Mendonça de Araújo.

Nesta quinta-feira, deve ser cumprida uma das etapas finais do processo, a oitiva do acusado e das testemunhas de acusação e de defesa. Se for pronunciado, ele deve ser julgado por atentado violento ao pudor e estupro contra sua filha e por atentado violento ao pudor contra a enteada.

Fonte: tudonahora.com.br

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